Casais que lavam louças juntos são mais felizes, diz estudo
Um novo estudo publicado pela Universidade de Ontário, no Canadá, revela que casais que dividem as responsabilidades domésticas são mais felizes e satisfeitas que famílias com outros modelos de divisão de trabalho. A categoria considerada de “papéis divididos” – em que cada parceiro realiza de 40 a 60% do trabalho doméstico sem remuneração – já correspondem a 25% das famílias daquele país. Segundo o estudo, grande parte destas famílias têm mulheres que trabalham fora, ganham bem e são menos religiosas.
Já o modelo de família tradicional, em que os homens realizam o trabalho remunerado e as mulheres realizam o trabalho doméstico não-remunerado, está diminuindo, mas ainda constitui grande parte das famílias. Os pesquisadores sugerem que a divisão de trabalhos domésticos é mais vantajosa para a sociedade, em termos de igualdade de gêneros e a capacidade de participação por adultos no campo de trabalho. O estudo também afirma que o modelo é mais vantajoso pois não deixa a mulher desamparada em caso de separação, divórcio ou morte do parceiro.
» Negação leva a um casamento feliz
Com o número de divórcios chegando a 50% dos casamentos, e com tantas pessoas casando mais de uma vez, muitas vezes parece que os humanos são ruins no campo do amor.
O padrão típico do amor começa quando alguém se apaixona, fica louco pela pessoa e só pensa nela. E leva algum tempo até que essa empolgação toda passe e o apaixonado comece a perceber por quem ele realmente se apaixonou.
Muito frequentemente, a verdade só aparece depois que os pombinhos estão casados – e os defeitos da pessoa começam a aparecer quando ela acorda todos os dias ao seu lado.
E essa queda na realidade junto com a desilusão pode acabar com um casamento.
Em um estudo, realizado pelo psicólogo Daniel Molden, da Universidade de Northwestern, foram exploradas as diferenças na maneira com que as pessoas vêem o namoro e o casamento. Eles pediram para que 92 casais de namorados e 77 pares casados preenchessem um questionário – e, como era de se esperar, o casamento realmente muda as coisas.
Todos os participantes, casados ou não, acreditam que o melhor parceiro é alguém animado, que desperte o melhor em seu interior. Mas o relacionamento só se transforma em um casamento feliz quando essa pessoa aceita um comprometimento de verdade e ajuda nas obrigações diárias do casal.
Mas o que realmente se destaca na pesquisa é que as pessoas se preocupam mais com o que acham do casamento do que com os fatos. Aí reside o problema de viver com alguém em termos mais íntimos.
As pessoas costumam pensar que são realmente boas conhecedoras do comportamento humano, mas nosso próprio comportamento atrapalha a visão correta dos fatos. Como criaturas egoístas, absorvidas pelos nossos próprios pensamentos, sentimentos, necessidades e objetivos, nosso interesse vem antes do que qualquer outra coisa. Pensamos que somos o centro do pensamento de outras pessoas, esquecendo que elas também têm objetivos e interesses que não nos envolvem.
Mas estamos fadados a nos desiludirmos? A resposta é não. A pesquisa mostrou que casais felizes são aqueles que possuem uma projeção altamente favorável do parceiro – e essa projeção nem sempre é fiel à realidade. E isso realmente faz sentido. A felicidade é um estado mental e, se a negação da realidade ajuda na felicidade desse casal, enquanto eles não “caírem na realidade”, eles serão felizes.
Também há aqueles casos raros de pessoas sortudas que não precisam “se enganar” para serem felizes em seu relacionamento. A realidade realmente é favorável a eles. Então eles ficam em um estado de felicidade contínua.
Os pesquisadores afirmam que uma política pública poderia ajudar a promover este estilo de vida e modelo familiar. Segundo eles, deveriam ser providenciadas oportunidades iguais de acesso aos estudos e ao mercado de trabalho para homens e mulheres. Além disso, eles afirmam que melhores condições para equilibrar a dedicação ao trabalho e ao lar e políticas de maior envolvimento masculino no trabalho caseiro poderiam ajudar a aumentar o número de famílias que têm este modelo. [Science Daily]